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A nation that can’t control its energy sources can’t control its future.

 Obama, B., The Audacity of Hope: Thoughts on Reclaiming the American Dream, Crown, 2006

O Brasil é um país privilegiado por ter uma extensão territorial de nível continental, com um grande potencial energético. Tem ainda o privilégio de se encontrar numa posição geográfica altamente indicada para o desenvolvimento e implantação de novas fontes renováveis, em destaque, a solar e eólica. Dentre as regiões destacadas, a sudeste, centro oeste, norte e nordeste têm um enorme potencial, inclusive para grandes usinas de energia solar.

Diante de uma nova ordem mundial, cujas balizas são a descarbonização, descentralização e digitalização, sobretudo pelos desafios que a transição energética impõe, as nações que desejam crescer e desenvolver-se, principalmente o Brasil, precisam de energia. Dados apontam que o consumo total de eletricidade quase triplicará entre 2020 e 2050, cuja variação anual será de 3,1% ao ano, apontou a Empresa de Pesquisa Energética - EPE, em 2016 https://oglobo.globo.com/economia/governo-preve-que-consumo-de-energia-vai-triplicar-ate-2050-14555167. 

Nesse sentido, diante de um mundo em transformação, que em poucos anos estará, acredita-se, 100% digitalizado, descarbonizado e descentralizado, a busca de soluções sustentáveis não será mais uma opção para o desenvolvimento econômico e sim uma regra. De outro lado, é preciso avançar nas normas regulatórias, aperfeiçoando a legislação ambiental e, na parte econômica de subsídios, que tem grande impacto na atualidade, para que surjam os incentivos e o setor possa figurar como protagonista do desenvolvimento do País.

Para tanto, a importância de se encontrar soluções jurídicas a incentivar a sociedade a ter comportamentos coletivos eficientes, conscientes de que as fontes renováveis serão propulsoras de um novo contexto de desenvolvimento sustentável.

Texto que publiquei no MBA em Energia.


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